Science Education for Future Doctors | A FMUL / GAPIC Project

ONLINE POST in Portuguese, commissioned | AMP Student 2016;11

As Universidades têm actualmente um papel fundamental no desenvolvimento do sistema científico e tecnológico da sociedade, bem como na promoção do conhecimento científico. Neste âmbito, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) adoptou uma estratégia de desenvolvimento de cultura científica, criando em 1989 o Gabinete de Apoio à Investigação Científica, Tecnológica e Inovação (GAPIC), uma estrutura de assessoria institucional. O GAPIC tem como missão principal estimular e promover a prática tutorada de investigação científica pelos jovens estudantes de pré-graduação em unidades de investigação da FMUL, do Instituto de Medicina Molecular (iMM) ou do Hospital de Santa Maria (HSM-CHLN), instituições que compõem o Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML).

Partindo da premissa que vivências de ciência devem constituir parte integrante da trajectória académica do estudante durante a sua formação em medicina, surgiu em 1997 o bem sucedido e inovador Programa “Educação pela Ciência”.

O Programa “Educação pela Ciência” permite a jovens estudantes de medicina percorrer de uma forma supervisionada, todas as etapas de um processo educacional em ciência, desde a elaboração de um projecto científico baseado numa hipótese original, à sua submissão a financiamento pelo GAPIC (dependente de peer review), à sua execução de forma tutorada ao longo de um ano integrando uma equipa de investigação de uma unidade da FMUL, iMM ou HSM, à apresentação pública dos resultados no Workshop “Educação pela Ciência” | Dia da Investigação na FMUL e, finalmente, à escrita de um relatório com formato de artigo científico (avaliado pela equipa do GAPIC).

O Programa entra este ano na sua 20.ª edição, tendo ao longo destes anos sido aprovados 400 projetos, envolvendo cerca de 570 alunos.

É objectivo deste Programa que os futuros médicos desenvolvam precocemente o raciocínio científico, uma forma particular de raciocínio crítico, a percepção de que a compreensão da doença através da sua investigação é um dever do médico e, assim, a visão da investigação científica como uma continuidade natural da actividade clínica, ou seja, como uma parceira da prática médica.

Pretende-se ainda que este contacto precoce com a actividade científica em todo o seu espectro desde a investigação básica à clínica dê início a um processo de formação científica com continuidade na pós-graduação, facultando novas capacidades para uma nova geração de médicos, que possa vir a ter o necessário e desejado protagonismo no avanço da ciência médica e na sua efectiva aplicação com verdadeiro benefício para os doentes.

Mais informações: www.medicina.ulisboa.pt/GAPIC

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